segunda-feira, 31 de maio de 2010

Lembranças

11 de dezembro de 2008 foi o ano que um grande pedaço da minha vida se destruiu. Foi nesse dia que todos meus sonhos desabaram. Foi nesse dia que percebi que todos tem seu tempo na Terra. Esse dia marcou muito minha vida. Mas a história não começa nesse dia.

Em outubro de 2002 conheci uma garota. Eu estava com 11 anos na época. Seu nome? Maria Eduarda, mas comecei a chamá-la de Dinha e acabou pegando. Realmente parecia aquelas amizades que só vemos em filmes. Éramos muito unidos e tudo mais. Em 2003 começamos a namorar. Durou cerca de dois anos e logo depois ela acabou. Tinha que viajar para o interior. E assim passamos os anos de 2005 e 2006 apenas nos comunicando pela internet. Em 2007 ela volta ao Recife e nos reencontramos. Mas ela volta com uma outra notícia ruim. Vai morar em São Paulo com seus pais.

Eu tinha cerca de 3 meses para aproveitar ela no Recife e foram os 3 meses mais intensos de nossa amizade. Saíamos todos os dias praticamente. Éramos inocentes. Nosso sentimento não havia mudado, mesmo com a distância e um pouco antes dela ter de ir para São Paulo acabamos nos beijando, o que nos fez lembrar de nosso namoro.

Nós sabíamos que ela iria passar um bom tempo longe e ela sabia o quão forte era nosso sentimento. Chegou o dia de sua viagem. As lágrimas que derramamos no aeroporto dariam para encher uma piscina olímpica. Nos despedimos com um abraço demorado, com os nossos rostos molhados de lágrimas, olhos avermelhado... Se eu soubesse o que viria acontecer, teria passado mais tempo.

Todos os dias nos falávamos. Ela em São Paulo e eu no Recife. Ela sabia o quanto eu queria estar com ela, por isso sempre que me ligava, não mostrava seu número. Mas o dia teve de chegar. No dia 11 de dezembro de 2008, ela sofre um acidente e chega a falecer.

Em minha mente, se passou um filme de minha vida ao lado dela. Hoje faz quase 8 anos que a conheci e o sentimento ainda é o mesmo. Às vezes me pego chorando ao pensar nela. Lembro das músicas que cantávamos. Tudo me faz lembrar ela. Até mesmo o blog. Tudo que faço tem um pouco de meu amor por ela. E mesmo ela não estando aqui fisicamente, ela sabe que tudo o que sinto é real. Sinto muito sua falta, minha melhor amiga, Dinha! Te amo!